Surto de Covid-19 em plataformas na Bacia de Campos aterroriza em alto mar


Com cerca de 30 casos positivos de Covid-19, segundo relatos de trabalhadores terceirizados, na Plataforma Garoupas, na Bacia de Campos, familiares vivem dias difíceis de preocupação e espera por informações oficiais por parte da Petrobras. Os relatos que chegam aos parentes em terra só fazem a situação piorar. A irmã de um embarcado, neste domingo (23), disse que não sabe mais o que fazer ao receber mensagens como estas: "Sem vôo. Tem gente quase surtando aqui. Estamos sem rancho. Frutas acabando. Tá pra entrar em colapso". O número de contaminados na Bacia de Campos e Espírito Santo seria de 413, segundo contagem dos próprios trabalhadores. 


Segundo ela, o irmão está em isolamento em uma cabine com outros três infectados desde a última quinta-feira (20). "O que ele nos conta é que o grupo recebeu a confirmação na quarta-feira (19), algumas pessoas com sintomas leves, outras mais acentuados, nenhum caso grave, porém que não passou por atendimento médico e falta suporte na área de saúde", disse. Ainda, segundo essa irmã, o Sindipetro-NF já estaria ciente desse caso, como de tantos outros neste momento de surto de Covid-19 nas plataformas da Bacia de Campos.
Por volta das 14h30, os parentes dos trabalhadores embarcados na plataforma Garoupa disseram que que 15 infectados pela Covid-19 vão desembracar ainda neste domingo, em Macaé. Eles seguirão para um hotel.  

Em nota divulgada no sábado (22), o Sindipetro-NF informou que após cobranças, em reunião com gerente executivo de SMS e a intensificação das denúncias do descaso da Petrobrás com a saúde dos trabalhadores, "a empresa parece ter decidido se mobilizar".

A nota ainda informa: "O sindicato foi informado que a empresa realizará um novo modelo de desembarque dos trabalhadores contaminados, ainda neste fim de semana.

O modelo envolveria o desembarque por Macaé e uma triagem no auditório de Imbetiba antes dos trabalhadores serem direcionados aos hotéis do Rio de Janeiro, tendo em vista, que não há mais vagas nos hotéis da região Norte Fluminense.

O Sindipetro-NF irá acompanhar a logística e cobrará transparência com relação ao número de trabalhadores desembarcados e o que continuam à bordo.

A entidade manterá os trabalhadores informados através dos canais oficiais".
Fonte: Folha 1

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