“Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente...”

“Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente...”
Quantas gerações repetiram e repetem estes versos, seja no Soneto 11 ou na letra da música Monte Castelo, de Legião Urbana?
No século XVI (portanto, cinco séculos atrás) nascia o maior escritor português de todos os tempos e um dos maiores escritores que nosso planeta abrigou.
Luiz Vaz de Camões nasceu, provavelmente, no início de fevereiro de 1524. Não pretendemos aqui reproduzir sua biografia, acessível a quem desejar em inúmeras fontes. Nesse início de fevereiro, lembramos alguns trechos de sua vastíssima obra literária para deleito nosso e de nossos leitores, numa singela homenagem ao grande poeta português.
Além de seus inúmeros poemas falando de amor ou de realizações históricas – como a expansão marítima portuguesa –, autos e cartas, destacamos aqui alguns fragmentos que revelam aspectos filosóficos e políticos em seus escritos e finalizamos, como não poderia deixar de ser, com um soneto em que fala de amor:
“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...”
“E vi que todos os danos / Se causavam das mudanças / e as mudanças dos anos”
“Da terra vos sei dizer que é mãe de vilões ruins e madastra de homens honrados.”
Soneto

(Luiz Vaz de Camões)
 Quem diz que Amor é falso ou enganoso,
ligeiro, ingrato, vão, desconhecido,
Sem falta lhe terá bem merecido
Que lhe seja cruel ou rigoroso.
Amor é brando, é doce e é piedoso;
Quem o contrário diz não seja crido:
Seja por cego e apaixonado tido,
E aos homens e inda aos deuses odioso.
Se males faz Amor, em mim se vêem;
Em mim mostrando todo o seu rigor,
Ao mundo quis mostrar quanto podia.
Mas todas suas iras são de amor;
Todos estes seus males são um bem,
Que eu por todo outro bem não trocaria.

Um comentário

Webston Moura disse...

Gostei do teu blog!

Sugestão: Blog do Professor Ubiratan D’Ambrosio
http://professorubiratandambrosio.blogspot.com/.

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